A iniciativa Novas Oportunidades trouxe um investimento acentuado para a formação de quadros técnicos em diferentes níveis de qualificação. Este investimento é importante a dois níveis, um o da qualificação profissional e escolar dos activos portugueses, outro o da formação de jovens para o mundo do trabalho.
Se me parece que o primeiro é de louvar, uma vez que os adultos portugueses activos necessitam de melhorar as suas qualificações de forma a tornar a nossa produtividade melhor e mais competitiva, tenho sérias dúvidas em relação ao segundo.
É certo que era necessário fortalecer a oferta educativa e formativa para níveis de qualificação intermédios (especialmente nível III e IV), mas receio vir a acontecer o mesmo que se passou com o ensino superior. Ou seja, uma proliferação desregulada de cursos sem a devida adequação da oferta ao mercado de trabalho existente. Seria importante estudar rapidamente esta questão.
Porque não uma iniciativa conjunta do Observatório de Emprego com a ANQ de forma a, pelo menos, publicar dados relevantes para orientar as entidades formativas em relação à oferta formativa relevante e à sua dispersão geográfica? É preciso também sensibilizar os jovens e promover acções de informação que os cative para as questões profissionais.
O que parece estar a acontecer é estar a criar-se cursos de certificação profissional de forma arbitrária, sem ter em consideração questões de empregabilidade e de dispersão geográfica.
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