Numa entrevista recente, o realizador português António Vasconcelos afirmou que num projecto de realização/ produção de um filme, determinas narrativas, ou cenas, ou sucessão de imagens, são feitas com o objectivo de provocar certas emoções, sentimentos, pensamentos, nos espectadores. A dificuldade aqui presente é que estes planos têm que ser efectuados num tempo certo, pois se a produção encurtar demasiado a cena, o sentimento não tem tempo de maturação e a sucessão de imagens leva a que este perca a sua expressão.
Isto acontece muitas vezes também na vida real. Caminhamos a um ritmo tão rápido que não temos tempo de experienciar sentimentos, emoções e até aprendizagens. Por isso é necessário este espaço de reflexão no RVCC. Para que possa haver momentos estruturados de integração nas nossas vidas.
No entanto, importa não perder a noção dos objectivos do processo.
Um RVCC não é uma intervenção terapêutica, integração sim, mas de aprendizagens.
É uma questão de estruturar um espaço, em conjunto com a pessoa em processo, de integrar e analisar as competências em todas as suas dimensões.
Foto por Nádia Monteiro (http://metamorfosedoego.blogspot.com)
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