Numa entrevista recente, o realizador português António Vasconcelos afirmou que num projecto de realização/ produção de um filme, determinas narrativas, ou cenas, ou sucessão de imagens, são feitas com o objectivo de provocar certas emoções, sentimentos, pensamentos, nos espectadores. A dificuldade aqui presente é que estes planos têm que ser efectuados num tempo certo, pois se a produção encurtar demasiado a cena, o sentimento não tem tempo de maturação e a sucessão de imagens leva a que este perca a sua expressão.
Isto acontece muitas vezes também na vida real. Caminhamos a um ritmo tão rápido que não temos tempo de experienciar sentimentos, emoções e até aprendizagens. Por isso é necessário este espaço de reflexão no RVCC. Para que possa haver momentos estruturados de integração nas nossas vidas.
No entanto, importa não perder a noção dos objectivos do processo.
Um RVCC não é uma intervenção terapêutica, integração sim, mas de aprendizagens.
É uma questão de estruturar um espaço, em conjunto com a pessoa em processo, de integrar e analisar as competências em todas as suas dimensões.
Foto por Nádia Monteiro (http://metamorfosedoego.blogspot.com)
O Reconhecer foi criado com o objectivo de debater assuntos relacionados com a educação de adultos em portugal. Este Blog nasceu de uma ideia de partilha de experiências dentro da equipa do CNO ESA (Escola Secundária de Anadia).
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
A reflexão no reconhecimento
Porque é essencial a reflexão nos processos de reconhecimento de competências?
Os processos de RVCC, mais que um reconhecer de competências são uma reflexão sobre um percurso de aprendizagens e o estabelecimento de um projecto vocacional.
Desta forma a reflexão torna-se condição necessária ao processo, mas não só para a construção do projecto pessoal, também por uma questão de integração e estruturação das aprendizagens em competências.
Julgo que é ilusório pensarmos que o processo é simplesmente reconhecer o que foi aprendido. O próprio processo em si inclui este espaço de reflexão para que os saberes-práticos adquiridos ao longo da história de vida do adulto possam ser integrados num esquema conceptual coerente que envolva todas as valências cognitivas da competência.
Os processos de RVCC, mais que um reconhecer de competências são uma reflexão sobre um percurso de aprendizagens e o estabelecimento de um projecto vocacional.
Desta forma a reflexão torna-se condição necessária ao processo, mas não só para a construção do projecto pessoal, também por uma questão de integração e estruturação das aprendizagens em competências.
Julgo que é ilusório pensarmos que o processo é simplesmente reconhecer o que foi aprendido. O próprio processo em si inclui este espaço de reflexão para que os saberes-práticos adquiridos ao longo da história de vida do adulto possam ser integrados num esquema conceptual coerente que envolva todas as valências cognitivas da competência.
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